
TRABALHANDO OS NÍVEIS DE TESTOSTERONA-AJUDAR A PRODUZIR TEST...AMINO, DIETA,TREINO, E SEXO!!!
por Fred Azevedo
Já sabemos, a muito tempo, que a testosterona, o hormônio responsável pelas características masculinas, é uma das ferramentas mais importantes para os atletas, dos levantadores de peso aos corredores. Ajuda no crescimentos dos nossos músculos, aumenta os níveis de energia e agressividade nos treinos, e várias outras coisas que já cansei de escrever por aqui, no Treino Pesado, então não vou começar de novo. Vai lá nos nossos arquivos e leia sobre o assunto. Mas recomeçando...esse hormônio androgênico é produzido, principalmente, nos testículos, e também pelo fígado, através da conversão de outros dois androgênicos, a androstenediona e a dehidropiandrosterona.
O metabolismo gerado pela testosterona é de grande importância por causa da relação com o aumento da performance esportiva, já que promove o crescimento muscular, a densidade óssea e o aumento do número de glóbulos vermelhos.
Os sintomas do overtraining, o estresse emocional, e dietas pobres em calorias, são fatores comuns que podem causar quedas das taxas desse hormônio. E quando isso ocorre, outros hormônios, que tem propriedades catabólicas sobem, principalmente o cortisol. O resultado será queda na disposição, no rendimento, e falta de ganhos de massa muscular (e vamos considerar isso tudo como um rápido resumo, já que nossos leitores já sabem desses aspectos).
Muitos atletas recorrem aos anabolizantes na tentativa de reverter esse quadro. E já sabemos que isso pode gerar excelentes resultados, como o aumento de força e energia, mas como tudo que é bom, também se paga um preço para isso, que são os riscos de problemas, alguns sérios, para a saúde. Mas existem modos para melhorarmos nossos níveis naturais de testosterona, a produção natural e o metabolismo do hormônio. O objetivo, nesse artigo, será a manutenção das taxas normais dos hormônio androgênicos, enquanto tentamos manter os hormônios catabólicos, como o cortisol, em baixa.
A RELAÇÃO ENTRE DIETA E HORMÔNIOS
Dietas de baixas calorias costumam causar queda na produção de testosterona. O pessoal que insiste em dietas de alta restrição calórica, realmente perdem peso, mas esse peso é quase todo na forma nos nutrientes importantes para a manutenção da massa magra. Traduzindo, perde-se músculo, e não gordura. E umas das causas disso é a queda dos níveis de androgênicos, que levam ao aumento dos hormônios catabólicos. Dietas vegetarianas também causam o problema. Comer fibra demais, e baixa quantidade de proteína, baixam os níveis androgênicos. Para reverter esse quadro, é necessária a ingestão, de pelo menos, 1 a 2 gramas de proteína para cada quilo de peso corporal (e sempre levando em conta a atividade física, porque mesmo proteína em excesso vai aumentar os níveis de gordura).
A suplementação com aminoácidos, principalmente os BCAAs, podem ajudar no aumento das contagens dos hormônios androgênicos. Um estudo recente, patrocinado por uma universidade norte-americana, comprovou que atletas de esportes de longa duração, principalmente ciclistas e maratonistas, costumam ficar em um estado negativo de retenção de nitrogênio, que significa que gastam mais proteína do que conseguem ingerir. Essa conclusão foi feita através da medição da albumina do sangue, que estava em níveis baixíssimos (não, não estou falando de albumina de ovos, mas da albumina humana). Como a albumina humana é uma proteína importante no transporte da testosterona, é fácil concluir que sua queda estará ligada diretamente a queda de testosterona também. Os BCAAs tem apresentado ligações diretas com o aumento da albumina, logo acabam ajudando no aumento do hormônio masculino.
BALANÇO NEGATIVO DE NITROGÊNIO
E já que falamos disso, e esse é um aspecto que nem sempre os artigos que estão por aí, voltados para o pessoal que levanta pesos, costuma abordar, vou dar uma rápida explicada. Quando a pessoa encontra-se nessa situação, nesse balanço negativo de nitrogênio, ela acaba perdendo nutrientes importante para a manutenção da massa magra, perde várias enzimas vitais para a absorção das proteínas, e claro, o que já coloquei, causa a hipoalbunemia, que é a queda dos níveis de albumina no sangue. Sempre que existe uma aumento na intensidade do nosso treino, coisa que deve ocorrer com alguma frequência, o risco dessa queda de nitrogênio aumenta. Esse problema é de fácil solução, desde que o número de calorias, e a quantidade de proteínas da alimentação diária esteja de acordo com a sua necessidade.
A RELAÇÃO ENTRE EXERCÍCIOS E HORMÔNIOS
Já são muitos os estudos que mostram a relação entre os treinos de alta intensidade, e o aumento dos níveis de testosterona. E por favor, não estou falando aqui do método HIT de treino, mas de um treino intenso, com alto volume, com cargas pesadas, e curtos intervalos de descanso entre as séries. Segundo essas pesquisas, essa metodologia básica de treinamento tem a capacidade de aumentar os receptores androgênicos no nosso organismo, fato importante para que a ação da testosterona alcance o máximo de efeito. Por outro lado, estudos também demonstram que exercícios de longa duração, sem intervalos de descanso, como acontece com os aeróbicos, causam exatamente o efeito inverso, levando a um estado de overtraining. Essa condição, independente do esporte praticado, baixa nossas taxas de testosterona, e coloca nosso organismo em uma situação de estresse, que vai contribuir para a elevação dos hormônios catabólicos. É bom lembrar que, hoje em dia, já é moda chamar o cortisol de "hormônio do stress". Uma estratégia eficiente para ajudar a evitar esse problema, é aprender a variar os estilos de treino, alterando os números de repetições, as cargas usadas, a ordem dos exercícios, mas sem perder a intensidade. Essa prática mantém o organismo "acordado", e acelera os estímulos ao crescimento muscular, claro, levando em conta que você se alimenta corretamente, e respeita suas horas de sono diárias.
Outra arma bem interessante, e acho que 99,99 % dos leitores gosta de usar, é o sexo. A atividade sexual é um potente estimulador da produção de testosterona. Tradicionalmente, os técnicos esportivos, baseados sei lá em que idéia, recomendam que o atleta deixe o sexo de lado para obter um maior rendimento esportivo, seja nas vésperas de uma competição, seja em um período especial de treino. Mas diante dos estudos que aparecem hoje em dia, tal recomendação mostra ser totalmente equivocada, e pior ainda, até prejudicial. Se uma determinada atividade, alem de prazerosa, ainda é capaz de elevar minhas taxas de testosterona, será que alguém consegue pensar em uma boa razão para que eu não faça ?
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